quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Julgamento - Capítulo Doze

O Julgamento

Capítulo Doze

– Eu chamo para dar seu testemunho o réu Alencar Gomes da Cunha.
– Alencar você tem que ir lá e ficar naquele “banquinho” ali. – disse o advogado de Alencar.
– Como nos filmes? – perguntou Alencar.
– É como nos filmes! – disse o advogado de Alencar.
– Se esse ae consegue matar alguém eu sou o Osama Bin Laden! – pensou o advogado de Alencar.

Alencar teve que fazer o juramento na frente de todos os presentes na audiência para assim começar o seu testemunho...

– Então Alencar você tinha um caso com Débora da Silva Lopes? – perguntou o promotor.
– Sim.
– Você sabia que ela era casada?
– No começo não, mas depois eu descobri.
– E mesmo assim você quis continuar tendo relações sexuais com ela? – perguntou o promotor.
– Sim. – disse Alencar provocando alguns sons de espanto dentro do tribunal.
– Você conhecia Bruno de Almeida?
– Sim.
– Antes ou depois de ter relações sexuais com a mulher dele?
– Eu vou dar um soco nesse promotor idiota se ele não parar de insinuar que eu sou CORNO! – sussurrou Bruno ao seu advogado.
– Mas você é CORNO! – disse Manuela que se encontrava no banco que ficava atrás do banco de Bruno.
– Não me provoca! – disse Bruno a Manuela.
– Ordem no Tribunal! – gritou o juiz batendo três vezes com seu martelo de madeira o que achava ele que o tornava o “dono do mundo”.
– Responda a minha pergunta Alencar! – disse o promotor.
– Qual eu me esqueci? – disse Alencar sem intenção de debochar, mas não foi assim que o promotor entendeu.
– O sarcasmo não deve se encontrar neste tribunal! – disse o promotor.
– Protesto! O promotor está ofendendo o meu cliente supondo que ele é uma pessoa sarcástica que não está dando o seu testemunho sério. – disse o advogado de Alencar.
– Aceito! – disse o juiz. – Promotor se refira ao réu de forma não ofensiva.
– Perdoe-me meritíssimo. – disse o Promotor.
– Você conheceu Bruno de Almeida antes ou depois de se tornar amante de sua mulher?
– Depois. – respondeu Alencar.
– Você sentiu raiva dela por não ter te contando logo no começo?
– Sim.
– Raiva essa que pode levar um homem além de seus limites, e tornar ele um assassino! – disse o promotor.
– Protesto! Essa acusação sem provas é completamente irracional da parte do promotor. – disse o advogado de Alencar.
– Quem disse que não há provas? – perguntou ironicamente o promotor.
– A testemunha está dispensada. Chamo agora como testemunha a detetive Sofia de Labure.

– Então detetive Sofia quais provas você tem que indiquem que Alencar é culpado do crime? – disse o promotor.
– Bem, na casa foi encontrado um cartão da empresa de Alencar, uma caneta de sua empresa, e o suas digitais estavam na arma que suspeitamos matar Débora.
– Então Alencar é o principal suspeito?
– Ele e Bruno. – disse Sofia.
– Bem é a primeira vez que estou numa audiência com 2 réis que indicam que o outro é o culpado. – disse o promotor.
– Detetive Sofia você trouxe a fita?
– Sim. – respondeu Sofia.

Assim que a “fita” foi colocada para tocar todos podiam ouvir a ligação que Alencar fez para Débora na noite de sua morte:

– Dessa vez você não vai fugir do assunto!
– Ou você fica comigo ou não fica com mais ninguém! – disse Alencar em tom ameaçador.
– O que você quer dizer com isso Alencar? – disse Débora chocada.
– Você me entendeu! – disse Alencar desligando o celular.

– Alencar esqueça isso! Pelo menos por enquanto! Eu estou indo buscar a Duda. – disse Débora ao Alencar através de seu celular.
– Dessa vez você não vai fugir do assunto!
– Ou você fica comigo ou não fica com mais ninguém! – disse Alencar em tom ameaçador.
– O que você quer dizer com isso Alencar? – disse Débora chocada.
– Você me entendeu! – disse Alencar desligando o celular.

– Então senhores já ouviram o bastante? – disse o promotor.

– O que a defesa tem a dizer? – perguntou o juiz.

Neste momento Luzia se retirou do tribunal, pegou seu celular e novamente ligou ao primeiro número de sua discagem rápida.

– Você conseguiu alguma coisa? – perguntou Luzia.
– Nada por enquanto! Mas eu acho que estou perto de achar algo importante. – disse a voz vinda do telefone.
– Achei! – disse a voz.
– O que? – perguntou Luzia.
– Não posso falar pelo telefone é perigoso. À noite nos encontramos? – disse a voz.
– Claro. – respondeu Luzia.

Você vai me pagar Alencar você vai me pagar! – pensou Luzia permintindo-se um pequeno sorriso.


Autor: André 
O fim do julgamento está próximo...

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