terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Julgamento - Capítulo Oito

O Julgamento

Capítulo Oito

Os policiais isolaram devidamente a área era o primeiro dia da perícia eles deveriam conseguir o máximo de provas para chegar ao culpado as provas obtidas eram:

Uma pistola desmontada com algumas peças faltando (justamente as mais importantes para identificar e apontar um suspeito); Um pedaço rasgado do vestido de Débora; Vestígios de sangue que mostram uma forma de sapato de tamanho 42; Um cartão da empresa do Alencar (na maior parte); Um bilhete de Bruno que foi inscrito num guardanapo; Uma caneta da empresa de Alencar; Além é claro de toda a casa de Débora: E o corpo de Débora é óbvio.

Alencar foi até a casa de Débora e assim que chegou lá foi impedido de entrar por causa dos legistas e foi levado até a delegacia para ser interrogado...

– Então você tinha alguma relação com Débora da Silva Lopes? – disse a detetive.
– Sim nós éramos amantes. – respondeu Alencar.
– Você é casado Alencar Gomes da Cunha? – perguntou a detetive.
– Não. E pare de ficar falando os nomes completos de todo mundo.
– Você não está em posição de pedir nem reclamar de nada. – disse a detetive.
– Eu sou suspeito?
– Mas é claro encontramos duas provas que podem indicar a você sem dizer que você era amante dela podia tê-la matado por ela não querer se separar.
– Isso não tem cabimento! – disse Alencar.
– Engraçado escute esta conversa. – disse a detetive fazendo um sinal para que ligassem o aparelho de som.

Na sala de interrogatório o das caixas de som, emanavam os sons que poderiam prejudicar toda a vida de Alencar:

– Alencar esqueça isso! Pelo menos por enquanto! Eu estou indo buscar a Duda.
– Dessa vez você não vai fugir do assunto!
– Ou você fica comigo ou não fica com mais ninguém!
– O que você quer dizer com isso Alencar?
– Você me entendeu!

A gravação parou e a detetive olhou para Alencar com uma expressão ameaçadora e disse:

– Você já ouviu o bastante?
– Isso não quer dizer nada! Vocês não têm prova nenhuma que fui eu! – gritou Alencar.
– Por enquanto! – disse a detetive retirando-se da sala de interrogatório.

Alencar pode voltar a sua casa onde ele deitou e ficou ali pensando no que fez...

Ao fim da tarde os policiais encontraram Bruno passeando com Manuela na praia.
Levaram os dois para a delegacia para serem interrogados um de cada vez.

– Você é Bruno de Almeida correto?
– E você é...? – disse Bruno dando encima da detetive, já que havia se tornado muito safado desde que descobrira que Débora estava o traindo.
– Sofia.
– Lindo!
– Vejo que você já esqueceu rápido, a sua mulher! – disse Sofia.
– Mulher?
– Você não é o marido de Débora?
– Futuro Ex! – disse Bruno.
– Mas quem sabe estou no seu futuro. – disse Bruno dando encima de novo de Sofia.
– Você é Atual viúvo de Débora, e se estiver no meu futuro deve ser porque vou te prender. – disse Sofia que gostava muito de assustar os interrogados.
– Débora morreu? – perguntou Bruno com espanto.
– Isso é teatro ou você não sabia?
– Porque eu faria teatro?
– Bem você a esqueceu tão rápido já está com outra garota, além de estar me cantando que posso te prender por assédio e por desacato à autoridade. – disse Sofia.
– Eu não sabia que Débora estava morta! Ela morreu de que? – perguntou Bruno.
– Uma doença chamada assassinato! – disse Sofia com ironia.
– Assassinaram a Débora?
– E você é um anjinho não é?
– Pra você eu posso ser muitas coisas. – disse Bruno.
– Não me estressa ou essa noite você passa na cadeia! Ia ser bem aproveitado por lá do jeito que você é bonitinho!
– Isso é uma cantada? – perguntou Bruno.
– Quer mesmo ser preso?
– Está bem! Parei! – disse Bruno.

Assim que Bruno saiu da sala de interrogatório era a vez de Manuela...

– Manuela Boucher, correto? – perguntou Sofia com tom de superioridade.
– Sim! – respondeu Manuela.
– Esse sobrenome é russo?
– Parecido. – disse Manuela.
– Vamos direto ao ponto! Você é amante de Bruno há quanto tempo?
– Desde ontem. – respondeu Manuela.
– Mas vocês vieram para o Brasil juntos no mesmo vôo, sentados um do lado do outro e hoje foram achados aos beijos, não acha muito estranho?
– Naquela época ainda não tinha convencido ele a irmos para o “hotel” se é que me entende... – disse Manuela.
– Você já passou por muitos lugares no mundo e conseguiu grandes feitos afinal o que você realmente é? – perguntou Sofia.
– Sou filha de um rico e poderoso empresário russo por quê?
– Por isso consegue esses favores não é?
– Isso não te interessa! Mas porque estou aqui? – perguntou Manuela.
– Porque Débora foi assassinada!
– Nossa! Por quem?
– Pode ter sido você!
– Imagine se eu ia sujar as minhas mãos com o sangue daquela mulher!
– Qual o motivo de sua aversão por ela? – perguntou Sofia.
– Ela casou com o Bruno que convenhamos é um ótimo partido!
– Só isso?
– É seria, mas fácil convencer ele a me “satisfazer” se ele fosse solteiro! Você não acha?
– Você pode não ter sujado as mãos com o sangue dela mais pode ter mandando sujar! – disse Sofia acusando Manuela.
– Tchau queridinha eu tenho que ir fazer umas compras com o Bruno antes que eu me canse dele!
– Te vejo no tribunal Manuela. – disse Sofia.
– Te espero lá! Mas eu acho melhor se marcássemos para irmos almoçar! – disse Manuela retirando-se da sala de interrogatório.

Rodolfo foi encontrado saindo da empresa e de lá ele foi escoltado para prestar depoimento na delegacia...
– Rodolfo Rodrigues você sabe o que Alencar fazia noite passada? – perguntou Sofia.
– Não! Eu juro que não! O que quer que ele tenha feito eu não tenho nada a ver! – disse Rodolfo chorando.
– Eu juro! Acredita em mim! Eu não fiz nada! Eu nunca roubei na vida! Quer dizer só uma vez, mas eu era criança! E foi só um pacotinho de bala Halls! – disse Rodolfo chorando.
– Se acalme Rodolfo! Só quero saber se esteve com Alencar na noite passada.
– Só isso?
– É só isso! – disse Sofia.
– Eu não estive com ele, mas eu acho que o Paulo o telefonou à noite.
– O Paulo? – perguntou Sofia.
– Sim! – disse Rodolfo.
– Ótimo mais um doido para ser suspeito! – pensou Sofia.


Autor: André
É isso! quem será o verdadeiro assassino?

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